Folhas

Ipê-roxo

Árvore de porte médio, o ipê-roxo no período do outono, se enche de flores para se reproduzir.

É o primeiro dos ipês a florir no ano, inicia a floração em Junho, e pode durar até Agosto, conforme a árvore.

Tem vários nomes populares como Ipê-roxo-da-mata, Ipê-una ou Pau D’arco.

Outros nomes vulgares: caboré, guaraíba, ipê (R

J,SC), ipê-de-flor-roxa, ipê-piranga, ipê-preto (RJ,RS), ipê-rosa (MG), ipê-roxo-anão (SP), ipê-uva, pau-d’arco (BA), pau-d’arco-rosa (BA), pau-d’arco-roxo (BA,MG) peúva (MS) e piúva (MS,MT). Na Argentina, lapacho e no Paraguai, lapacho negro.a maioria das espécies são encontradas no sudoeste paraense, na área do municipio Altamirense, e na maior floresta de ipês do Brasil, a floresta do MACAPICHI.

São muito utilizadas no paisagismo urbano, por sua beleza e desenvolvimento rápido.

É uma espécie largamente empregada no paisagismo em geral, pela beleza de suas inflorescências arroxeadas. É uma espécie ameaçada de extinção devido à intensa procura por sua casca, que é considerada pela medicina popular como anticancerígena, anti-reumática e antianêmica. Há varios tipos de ipâ, que podem ser diferenciadas pela folhas.

O Ipê-Roxo é tido como um poderoso auxiliar no combate a determinados tipos de tumores cancerígenos. É usado também como analgésico e como auxiliar no tratamento de doenças estomacais e da pele. No passado, foi largamente utilizado no tratamento da sífilis. A substância com propriedades terapêuticas é encontrada na casca.

Sua madeira apresenta grande durabilidade, sendo muito utilizada na construção civil.

GUACO 

O “guaco” (Mikania glomerata Spreng.) é um tipo de planta medicinal utilizado contra gripe, rouquidão, infecção na garganta, tosse, bronquite. Tem sua distribuição como espécie nativa no sul do Brasil, de São Paulo ao Rio Grande do Sul. É uma trepadeira volúvel, glabra. Folhas simples, opostas, ovadas e oblongo-lanceoladas, de base obtusa e ápice agudo, de até 15 cm de comprimento e 7 cm de largura, com três nervuras bem evidentes, pecioladas, carnoso-coriáceas, verde-brilhantes na face superior, mais pálidas na inferior. Flores hemafroditas.

A ciência já comprovou as propriedades medicinais do guaco e atestou seu efeito broncodilatador e expectorante. No inverno, quando aumenta incrivelmente a incidência de problemas do aparelho respiratório, por conta das gripes e resfriados, o guaco volta a figurar nas receitas caseiras.

A planta também conhecida como erva-de-serpentes, cipó-catinga ou erva-de-cobra, pertence à família das Compostas. O guaco é originário do Brasil e sempre foi muito conhecido pelos índios brasileiros, que usavam a planta para combater o veneno das serpentes (daí vêm alguns dos seus nomes populares). Ainda hoje, em algumas regiões do Brasil, o macerado das folhas é aplicado em forma de cataplasma sobre picadas de cobras e outros animais peçonhentos. Existe também a tradição de usar a planta fresca e nova (cujas folhas emanam um aroma intenso e agradável) para manter as cobras afastadas.

O guaco é uma planta que se desenvolve bem em locais com clima ameno, como os da região Sul e boa parte do Sudeste. Trata-se de um arbusto lenhoso e cheio de ramos, que cresce como uma trepadeira, embora não tenha garras para se prender e precise de suporte como apoio. As folhas apresentam um tom verde brilhante e são levemente escuras na face superior e mais claras no verso. A floração, de cor branca ou amarelada, surge na forma de pequenos capítulos. É importante lembrar que o guaco só floresce quando cultivado em locais onde possa receber luz solar direta.

Para o plantio, recomenda-se solo arenoso e rico em matéria orgânica. O plantio se faz por estacas de caule que apresentem pelo menos dois nós. Após o enraizamento, a muda deve ser transplantada para um local que lhe sirva de suporte. No caso de optar-se pelo plantio em vasos ou jardineiras, é necessário providenciar um apoio.

Por ser uma planta relativamente rústica, o guaco não exige muitos cuidados. Para garantir um crescimento robusto, é recomendável, por ocasião do plantio, incorporar ao solo uma adubação com húmus de minhoca. Nos períodos de seca é importante estar atento para manter a terra úmida, irrigando sempre que necessário, mas evitando encharcamentos.

Tanto as folhas como as flores podem ser usados com finalidades medicinais. A colheita se dá normalmente seis meses após o plantio, quando é possível colher as primeiras folhas.

O uso do guaco como planta medicinal é muito antigo. Em 1870, chegou a ser criado um produto preparado com hastes e folhas da planta – era o Opodeldo de Guaco que durante décadas foi considerado um “santo remédio” contra bronquite, tosse e reumatismo.

A planta não apresenta princípios tóxicos, entretanto, deve ser usada com cautela, evitando-se todo tipo de excesso. Para o uso em crianças, é recomendável sempre a metade da dose indicada para os adultos.

Coração de Negro

Conhecido também como “Pessegueiro bravo”.

Família: Rosaceae

Nome científico: Prunus sphaerocarpa SW

Partes tóxicas: frutas e sementes.

Princípio Ativo: Glicosídios Cianogênicos

Quadro Clínico: Liberam ácido cianídrico causando anóxia celular.

Distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia, acidose metabólica, hálito de amêndoas amargas.

Distúrbios neurológicos: sonolência, torpor,convulsões e coma.

Crise típica: opistótono, trismas e midríase.

Distúrbios respiratórios: dispnéia, apnéia, secreções, cianose, distúrbios cárdiocirculatórios.

Hipotensão na fase final. Sangue vermelho rutilante.

Tratamento: Tratamento precoce. Exames laboratoriais para detecção de tiocianatos na saliva ou cianeto no sangue.

Árvore de 15 a 25 m de altura. Tronco irregular, ramos cinzenteo-esverdeados, com pontuações claras e cicatrizes foliares aparentes. Folhas alternas, compostas, imparipinadas, com 5 folíolos, elípticos e de ápice acuminado. Inflorescência em racemos solitários nas axilas superiores ou nos ápices dos râmulos, com flores brancas de 7 cm ou mais de comprimento. Fruto legume, achatado, com coloração castanha escura, contendo uma só semente circular.

Espécie perenifólia. Ocorre principalmente nos estados do sudeste, avançando para os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Madeira muito pesada, de textura fina altamente resistente ao apodrecimento e ao ataque de cupins. Usada na confecção de móveis, painéis, peças torneadas, postes, esquadrias, pontes e dormentes; na construção civil como vigamentos, assoalhos. Devido à sua folhagem abundante de coloração verde escura, é usada para paisagismo na arborização de grandes avenidas e parques. 

Flor: Novembro a Janeiro 

Fruto: Julho a Outubro

 

Cedro 

Altura de 20 a 30 e cinco metros, com tronco de 60 a 90 centímetros de diâmetro, folhas compostas de 60 a 100 centímetros de comprimento, com folíolos de 8 a 14 centímetros de comprimento. 

Locais: Rio Grande do Sul até Minas Gerais, principalmente nas florestas semi-umedecidas e pluvial atlântica. Ocorre, porém em menor intensidade em todo o país.

A madeira é de Leve a moderadamente pesada (densidade média de 0,55 g/cm3), macia ao corte e notavelmente durável em ambiente seco.  Quando enterrada ou submersa apodrece rapidamente. O alburno é branco ou rosado distinto do cerne.

A madeira é largamente empregada em compensados, contra placados, esculturas e obras de talha, modelos e molduras, esquadrias, móveis em geral, marcenaria, na construção civil, naval e aeronáutica, na confecção de pequenas caixas, lápis e instrumentos musicais, etc. A árvore é largamente empregada no paisagismo de parques e grandes jardins. Não deve ser plantada em agrupamentos homogêneos devido ao ataque da broca.

Floresce durante os meses de agosto e setembro. Seus frutos amadurecem com a árvore totalmente desfolhada durante os meses de junho e agosto. Produz anualmente grandes quantidades de sementes viáveis.

Aroeira-do-campo

Aroeira ou arrueira é o nome popular de várias espécies de árvores da família Anacardiácea.

Altura de 6 a 14 metros no cerrado e caatinga de até 20 a 25 metros em solos mais férteis da floresta latifoliada semi-umedecidas, com tronco de 50 a 80 centímetros de diâmetro.

Ocorre desde o Ceará até o estado do Paraná e Mato Grosso do Sul. É mais frequente no nordeste do país, oeste dos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e sul dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Madeira muito pesada (densidade 1,19 g/cm³), de grande resistência mecânica e praticamente imputrescível; alburno diferenciado do cerne e facilmente decomposto.

Floresce durante os meses de junho a julho, geralmente com a planta totalmente despida de sua folhagem. A maturação completa dos frutos inicia-se no final do mês de setembro, prolongando-se até outubro.

A madeira é excelente para obras externas, como postes, moirões, esteios, estacas, dormentes, vigas e armações de pontes, moendas de engenho, na construção civil, como caibros, vigas, tacos para assoalhos, ripas, para peças torneadas, etc.

A árvore, pela beleza de sua copa aproximadamente piramidal e, por outras qualidades ornamentais, é indicada para arborização em geral. Seu único inconveniente é a perda das folhas durante o inverno e o fato de provocar reações alérgicas a certas pessoas sensíveis que entrem em contato.

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